sábado, 30 de agosto de 2014

Conhecendo um Hamman e me despedindo de Marrakech

14/03/2014

Último dia em Marrakech. Meio que fui acordada as 5h da manha com O Chamado. Durante algumas vezes o dia, 5 pra ser mais precisa, é possível ouvir na Medina o som dos marroquinos sendo chamados pra ir as orações. È bem interessante e até bonito de certo modo, mas as 5h da manhã eu não estava muito interessada.
Voltei a dormir, pois só tinha marcado com a Eva as 11:30, novamente em frente ao Café de France.
Dessa vez iríamos sair da Medina e conhecer digamos a parte mais nova do Marrocos.
Pegamos um petit taxi ( no Marrocos os taxi menores são mais baratos) que nos cobrou 40dh pra nos deixar na Av. Mohamed V, uma das principais. 
A parte nova da cidade, mantém a cor de barro que se vê por quase todo o Marrocos mas lá as construções têm um aspecto mais moderno( pros padrões marroquinos) e as avenidas são mais largas. Elas mantém o caos marroquino mas é bem menos intenso do que na medina. É nessa parte da cidade que você encontra tudo que encontra numa grande cidade como Mc Donald's e Zara's. Não é tão interessante como dentro da Medina mas vale a pena rodar por lá, em especial pela praça 16 de novembro, sendo uma boa opção pra almoço.




Eu havia esquecido minha camêra, e a Eva que estava sendo um doce de pessoa me emprestou a dela pra eu ir a um lugar que ainda não tinha ido, fora da medina, O Jardim de Marjorelle.
Enquanto isso, ela foi fazer algumas compras e marcamos de nos encontrar depois.
O jardim não ficava longe da praça 16 de novembro mas em Marrakech pode ser um pouco difícil achar as coisas, já· que nem sempre eles colocam placas com o nome das ruas. Sei que  após pedir algumas informações consegui finalmente achar o jardim cuja entrada custou 50dh.
O local é bem bonito por dentro, super colorido, valendo uma visita. Como é pequeno não demorei muito lá dentro e voltei a praça 16 de novembro pra encontrar a Eva
e entao voltamos de taxi pra Medina. De volta, ao nosso pedaçinho de Marrakech, primeiro, fomos fazer algumas comprinhas nos souks, e depois fui a procura de um hamman. 







Não queria deixar o Marrocos sem passar por essa expêriencia. 
Acabei indo no Koutobia, recomendando pelo meu riad. 
Os hammans são uma espécie de spa marroquino e geralmente no pacote inclui massagem. Paguei 250dh pelo hammam + massagem. Lá dentro é tipo uma sauna, onde você deve tirar sua roupa  e fica apenas com a parte de baixo do biquine. Então, uma mulher chegou e me deu um banho de agua quente me esfregando bastante com uma esponja. Depois disso, lavou meu cabelo e colocou uma mascara de argila na minha face. Depois veio a parte de 45 minutos de massagem que foi  bem relaxante.
A experiência foi interessante mas é meio estranho uma mulher desconhecida esfregando seu corpo pra te dar banho.
Depois disso, de novo encontrei a Eva pro nosso último jantar em Marrakech e pra nossa despedida. Eva foi uma garota alemã incrível e super doce que tive a honra de conhecer no Marrocos e que não poderia ter sido melhor companhia. Espero um dia poder reve-la em algum canto do mundo. Depois disso, foi Adeus Marrocos porque Barcelona me
esperava no dia seguinte. 
Confesso que no inicio o caos marroquino foi meio chocante mas depois de uns dias, começei a sentir melhor a cidade e fiquei triste por ir, gostaria de ter ficado outro dia. Quem sabe uma próxima vez...

Sobre mulheres viajando sozinhas no Marrocos...
Como já disse, o Marrocos é talvez o pais islâmico mais liberal. Não quer dizer que se deva sair de camisas com decotes e shortinhos. É aconselhável usar roupas um pouco mais comportadas. Os homens marroquinos são mais chatos e inconvenientes do que perigosos. Eles olham, falam coisas em árabe, mas no geral não tive nenhum problema.

domingo, 24 de agosto de 2014

Acordando no Deserto do Saara

13/03/2014


As 6h da manhã, fomos acordados tanto pela luz do nascer do sol que entrava pela tenda como pelo barulho dos tambores dos marroquinos. Jeito perfeito de acordar. Um café da manha nos esperava, ao estilo marroquino.
A luz do nascer do sol estava simplesmente incrível e então pudemos ter uma visão muito melhor do acampamento, já que na noite anterior quando chegamos via-se muito pouco por fora e era ainda muito melhor do que esperava. Minha experiência com fotografias ao nascer do sol era nula, mas pude comprovar o que os livros de fotografia dizem, é o melhor momento para fotos.








Depois do café da manhã, montamos de novo nos camelos ( mais 1h) até chegar a estrada pra pegar a van de volta a Marrakech. No caminho tiveram paradas pra fotos novamente 
e uma parada no Museu do Cinema mas estavámos todos tão esgotados, tão em clima de fim de festa que ninguém quis entrar no museu. Parece que a viagem de volta foi bem mais tranquila do que na ida, onde com tantas curvas, o enjoo pesou.





Sim, tem neve no Marrocos.

História Linda da Lynn e do Brian que se conheceram há 12 anos na Tailândia. Ela mora em NY e ele em Londres, mas todo ano se encontram em algum local do mundo.

Destruidos


Destruidos

Ao fim da tarde, chegamos Marrakech.  Parece que a viagem de volta foi bem mais tranquila do que na ida, onde com tantas curvas, o enjoo pesou. Voltei pro Riad pra descansar e a noite marquei de jantar com a Eva num local bem legal. Estava tudo bom e achei que  o dia estava chegando ao fim. Estavámos sentadas nessas mesas com velas, e então eu, super desatenta, cheguei perto demais da vela e meu cabelo simplesmente 
começou a pegar fogo, e eu nem tinha reparado. Foi a Eva que viu e salvou meu cabelo, e minha vida, apagando o fogo. Pelo menos, os estragos no cabelo não foram tão
grandes queimando uma pequena parte apenas. Depois disso foi emoção demais pra um dia e era hora de voltar ao Riad pra descansar.
Antes da tragédia

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

De Marrakech ao Deserto do Saara

12/03/2014





As 7:30 da manha estava na praça Jaama el Fna, onde sairia o tour pelo deserto do Saara.. Eva e eu tínhamos comprado o pacote de 2 dias e 1 noite por 400dh, o que valeu muito a pena.
Em Marrakech, quando se quer ir ao deserto do Saara, há 3 opções: O tour de 2 dias e 1 noite que vai até Zagoura, o comecinho do deserto, onde as dunas sao menores. È algo bem mais pra turista ver, tanto que os locais chamam de Deserto Coca Cola. Além dessa há o tour o de 3 dias e 2 noite que entra mais fundo no deserto indo até Mergouza, e o de 4 dias e 2 noites que vai a ambos.
Como não tinha tanto tempo, acabei ficando com o de 2 dias e 1 noite mas gostaria de ter ido no de 3 dias.
O trajeto até Zagoura é bem longo, e dura o dia todo pois o caminho é bem montanhoso. Em compesação a paisagem é simplesmente linda, e valeria a pena só por ela. 



No caminho, paramos rapidamente em alguns locais pra fotos e por mais tempo em Ait Ben Haddou, Um lugar super bonito, que já foi cenário de Gladiador e Game of Thrones. Lá pudemos subir a vila e de cima ter outra visão encantadora. Óbvio que tudo no Marrocos eles estão sempre tentando te enganar e tirar dinheiro dos turistas, disseram que tinhamos que pagar 25dhs pra percorrer a vila, o que não é bem verdade, mas enfim, valeu a pena.












Depois de muitos km, estrada montanhosa altamente tortuosa provocando náuseas na maioria das pessoas da van, chegamos em Zagoura. Nosso grupo era composto por 4 brasileiros, 3 franceses, 2 norte americanos, 1 inglês, 2 filipinos, 1 alemã, e 2 suiças. Não poderia ter sido um grupo melhor pois todos eram pessoas encantadoras.
Destaque pro casal de idosos que conhecemos lá: Lynn e Brian. Ambos com mais de 60 anos, ela de Nova York, ele de Londres. Se conheceram há 12 anos na Tailândia e agora
se encontram sempre que possivel nessas viagens pelo mundo ( detalhe que os 2 pediram pra ficar com uma tenda só pra eles).
Enfim, chegamos em Zagoura no fim da tarde, compramos água e então mais uns 15 minutos pela estrada chegamos ao local onde os camelos, nos esperavam.
Cada um montou no seu próprio camelo e seguimos em direção ao acampamento ( cerca de 1h de camelo). A viagem de ida nos camelos não foi lá muito confortável pois o sol estava se pondo, então o frio aumentou e pra piorar começou a chover um pouco ( sim, chovendo no Saara, não se fazem mais desertos como antigamente). Segundo e principal motivo de não ter sido tão confortável é que camelos não são confortáveis e ponto.


Mas enfim, tudo era diversão e as coisas melhoram muito a chegarmos no acampamento, que era composto por 1 tenda principal e varias outras tendas menores. A tenda principal era uma espécie de sala de estar onde jantamos, ouvimos música árabes, tomamos muito chá de menta e fumamos narguilé.  O ambiente era bem legal. As tendas menores eram pra dormimos. Cada 4 pessoas em uma tenda,e até que eram confortáveis com cobertores e travesseiros.
Tivemos um jantar bem legal na Tenda principal, e depois os mulçumanos começaram a tocar musica árabe pra gente, com direito até a Michel Teló quando descobriram que havia brasileiros lá (Alá tá vendo isso) .Jantar estava incluso, e estava muito bom.  Fumar narguilé custava apenas 15dh por pessoa.
Enfim, estava sendo uma dia daqueles que se pode considerar perfeito e analisando isso um pouco depois, um dos pontos altos da viagem.








sábado, 16 de agosto de 2014

Marrakech: Chalesis e Taneries

11/03/2014



As 10:30 tinha marcado de encontrar Eva, minha nova amiga alemã, em frente ao Café de France. De lá seguimos em direção a mesquita Koutobia, onde ficam inúmeras carruagens chamadas chalesi.
Queriamos negociar um passeio de 1h30 pelos murros e portões da cidade. Não sei bem o que aconteceu, mas Eva e eu fomos péssima negociadoras e acabamos pagando
300dh por um passeio com um condutor que creio que nos enganou um pouco. Enfim, ele percorreu os muros da Medina, pelo lado de fora, passando pelos seus principais portões. Foi um passeio interessante, mas poderia ter sido melhor com um condutor melhor.





Foi interessante porque tivemos uma visão de fora da Medina e passamos por locais mais residências que normalmente como turistas não passaríamos, e tudo isso sentadinhas na carruagem.
Depois do passeio, ele nos deixou de volta em frente a praça principal, e seguimos em direção aos Souks, na direção do Museu de Marrakech pois queríamos ir as
Taneries, os locais onde o couro dos animais é trabalhado até seu destino final.

Souk



É um local bem comum e autentico de Marrakech. A aparência do local era de uma favela e o cheiro  bem ruim mas por 50dh cada, ele nos explicou o processo de como trabalham
o couro, desde o momento que chega a pele dos animais, até o destino final, onde é colorido e dado forma. Depois nos deixou numa lojinha onde um vendedor nos mostrou seus produtos sempre na esperança de fazer vendas.
Tanerie





Como andamos bastante pra achar e pra voltas das Taneries, quando chegamos de volta a praça, estávamos cansadas e depois de um maravilhoso almoço vegetariano no Earth Café, acabamos indo cada uma pro seu riad. 

No dia seguinte, um dia longo nos esperaria. A noite ainda sai a praça Jaama, pra um jantar rápido, e acabei comprando uns biscoitos marroquinos de um dos vários vendedores que ficam por lá.
A praça a noite tem uma alma bem diferente do dia, com as barraquinhas de comida a todo vapor e artistas marroquinos fazendo suas performances.
E por fim, mais chá de menta, que é uma das melhores coisas do Marrocos.