14/03/2014
Último dia em Marrakech. Meio que fui acordada as 5h da manha com O Chamado. Durante algumas vezes o dia, 5 pra ser mais precisa, é possível ouvir na Medina o som dos marroquinos sendo chamados pra ir as orações. È bem interessante e até bonito de certo modo, mas as 5h da manhã eu não estava muito interessada.
Voltei a dormir, pois só tinha marcado com a Eva as 11:30, novamente em frente ao Café de France.
Dessa vez iríamos sair da Medina e conhecer digamos a parte mais nova do Marrocos.
Pegamos um petit taxi ( no Marrocos os taxi menores são mais baratos) que nos cobrou 40dh pra nos deixar na Av. Mohamed V, uma das principais.
A parte nova da cidade, mantém a cor de barro que se vê por quase todo o Marrocos mas lá as construções têm um aspecto mais moderno( pros padrões marroquinos) e as avenidas são mais largas. Elas mantém o caos marroquino mas é bem menos intenso do que na medina. É nessa parte da cidade que você encontra tudo que encontra numa grande cidade como Mc Donald's e Zara's. Não é tão interessante como dentro da Medina mas vale a pena rodar por lá, em especial pela praça 16 de novembro, sendo uma boa opção pra almoço.
Eu havia esquecido minha camêra, e a Eva que estava sendo um doce de pessoa me emprestou a dela pra eu ir a um lugar que ainda não tinha ido, fora da medina, O Jardim de Marjorelle.
Enquanto isso, ela foi fazer algumas compras e marcamos de nos encontrar depois.
O jardim não ficava longe da praça 16 de novembro mas em Marrakech pode ser um pouco difícil achar as coisas, já· que nem sempre eles colocam placas com o nome das ruas. Sei que após pedir algumas informações consegui finalmente achar o jardim cuja entrada custou 50dh.
O local é bem bonito por dentro, super colorido, valendo uma visita. Como é pequeno não demorei muito lá dentro e voltei a praça 16 de novembro pra encontrar a Eva
e entao voltamos de taxi pra Medina. De volta, ao nosso pedaçinho de Marrakech, primeiro, fomos fazer algumas comprinhas nos souks, e depois fui a procura de um hamman.
Não queria deixar o Marrocos sem passar por essa expêriencia.
Acabei indo no Koutobia, recomendando pelo meu riad.
Os hammans são uma espécie de spa marroquino e geralmente no pacote inclui massagem. Paguei 250dh pelo hammam + massagem. Lá dentro é tipo uma sauna, onde você deve tirar sua roupa e fica apenas com a parte de baixo do biquine. Então, uma mulher chegou e me deu um banho de agua quente me esfregando bastante com uma esponja. Depois disso, lavou meu cabelo e colocou uma mascara de argila na minha face. Depois veio a parte de 45 minutos de massagem que foi bem relaxante.
A experiência foi interessante mas é meio estranho uma mulher desconhecida esfregando seu corpo pra te dar banho.
Depois disso, de novo encontrei a Eva pro nosso último jantar em Marrakech e pra nossa despedida. Eva foi uma garota alemã incrível e super doce que tive a honra de conhecer no Marrocos e que não poderia ter sido melhor companhia. Espero um dia poder reve-la em algum canto do mundo. Depois disso, foi Adeus Marrocos porque Barcelona me
esperava no dia seguinte.
Confesso que no inicio o caos marroquino foi meio chocante mas depois de uns dias, começei a sentir melhor a cidade e fiquei triste por ir, gostaria de ter ficado outro dia. Quem sabe uma próxima vez...
Sobre mulheres viajando sozinhas no Marrocos...
Como já disse, o Marrocos é talvez o pais islâmico mais liberal. Não quer dizer que se deva sair de camisas com decotes e shortinhos. É aconselhável usar roupas um pouco mais comportadas. Os homens marroquinos são mais chatos e inconvenientes do que perigosos. Eles olham, falam coisas em árabe, mas no geral não tive nenhum problema.